domingo, 15 de novembro de 2015

As Fraturas nas crianças e adolescentes

Hoje deixo-vos um texto publicado pelo Doutor Manuel Cassiano Neves (Ortopedista no Hospital Cuf Descobertas). O tema que o Doutor aborda é uma questão que muito preocupa os familiares de crianças pequenas. A verdade é que desde que seja tratada o mais atempadamante possível é possível, na maioria dos casos, que não haja repercussões para o futuro. 

Relativamente ao tratamento Ortoprotésico, atualmente já é possível adquirir ortóteses pré-fabricadas para que se possa imobilizar ou auxiliar e proteger os movimentos do segmento afetado. Uma vez mais, permitam-me referir que é importante adquirirem estas ortóteses em locais com técnicos especializados, pois é fundamental adaptar a ortótese e colocá-la corretamente. 

"Fraturas: por que são comuns nas crianças e adolescentes?
Frequentes, na maior parte dos casos são de fácil tratamento e não têm repercussão na idade adulta.


Várias vezes, após uma fratura, os pais assustados perguntam: "Os ossos do nosso filho estão bem? A queda foi tão pequena..."
Num estudo efetuado na Suécia concluiu-se que a probabilidade de uma criança (até aos 16 anos) sofrer uma fratura era de 42% para os rapazes e de 27% para as raparigas. Por estes números percebe-se que as fraturas são relativamente comuns nas crianças. Mas por que é que isso acontece?

Características dos ossos das crianças
Os ossos das crianças têm uma atividade metabólica acelerada devido ao processo de crescimento. Crescem em comprimento, devido às cartilagens de crescimento nas extremidades dos ossos longos, e crescem em largura devido ao periósteo que cobre os ossos na sua extensão.
Os ossos longos são tubulares para poderem absorver, durante uma queda, as forças deformantes, sem se fraturarem. Os ossos das crianças são imaturos, e como tal mais flexíveis, podendo absorver impactos com mais facilidade. Mas, nos primeiros anos de vida, são pouco resistentes aos movimentos de torção e por isso não é infrequente uma criança que começou a andar fazer uma pequena fratura do membro inferior só porque o pé ficou preso no chão ou porque a coxa ficou presa na grade da cama.

Fraturas "como as dos adultos"
As crianças também fazem fraturas similares às dos adultos, como as articulares ou as fraturas das diáfises (extremidade do osso), tudo dependendo do mecanismo da fratura. Mas estão sujeitas a outro tipo de fraturas relacionadas com as diferenças anatómicas da criança (deformidade plástica, por compressão, em ramo verde, epifisária ou da cartilagem de crescimento).

Avaliação médica caso a caso
O médico tem de avaliar não só o tipo de fratura mas também a capacidade de resposta do organismo perante cada fratura. Por outro lado, dado que a criança se encontra em crescimento, é preciso ponderar a influência que a fratura poderá vir a ter no crescimento ósseo, o que às vezes não se torna fácil de prever na fase inicial. Por esse motivo, as fraturas complexas devem ser avaliadas por ortopedistas familiarizados com o tratamento das crianças.
As fraturas das crianças que envolvem o cotovelo são aquelas que mais problemas médicos põem, não só pelos riscos de alterações vasculares mas também pela dificuldade do seu tratamento, devido às condicionantes anatómicas.

Complicação mais relevante
A complicação mais relevante das fraturas nas crianças é um distúrbio do crescimento. No entanto, é rara. As crianças "partem-se" com frequência porque são muito ativas e caem com muita facilidade, utilizando as mãos como para-choques. Daí a grande frequência de fraturas envolvendo as mãos e a extremidade distal do antebraço (mais de 50%). São fraturas de uma maneira geral simples (deformidade plástica, por compressão ou em ramo verde) e sem qualquer repercussão funcional no futuro. As fraturas dos adolescentes, normalmente associadas às práticas desportivas, podem ser mais complexas, principalmente quando localizadas aos membros inferiores, e podem ser responsáveis por sequelas tardias.

Para concluir...
Podemos dizer que as fraturas das crianças e adolescentes são relativamente frequentes mas, na maioria dos casos, tratam-se de situações simples, de fácil tratamento e sem repercussão na idade adulta. As fraturas do cotovelo nas crianças ou as fraturas dos membros inferiores nos adolescentes podem ser a exceção por terem um risco acrescido de complicações."
(Publicado por Manuel Cassiano Neves em de Novembro de 2015, saudecuf.pt/mais-saude/)

Walker pediátrico 
www.orliman.com

Imobilizador de joelho
www.orliman.com

  Imobilizador de clavícula 
www.orliman.com  

Ortótese para punho
www.medi.pt

 Imobilizador de cotovelo
www.medi.pt

Sling
www.medi.pt


Até breve.



domingo, 8 de novembro de 2015

A importância do Calçado e das Palmilhas na Corrida

Atualmente estamos perante uma "nova moda": correr, ou se preferirem, o running.

Sempre pratiquei desporto e quando fui para a faculdade inscrevi-me num ginásio, onde fazia sobretudo exercícios de musculação. Apesar de sempre ter praticado desporto nunca gostei de fazer cardio (o que é errado). Ao longo dos anos fartei-me de estar fechada num ginásio a "fazer máquinas", mudei para um ginásio que tinha mais aulas de grupo, no entanto, também não sou grande adepta. Então decidi começar a praticar desporto no exterior! Comecei a correr e sinceramente estou a tomar o gosto, é uma vontade constante de ultrapassar limites. Atenção, não corro praticamente nada, mas temos que começar por algum lado e o fundamental é ter paciência e não desistir!!!


Todos os dias somos inundados com informações sobre qual o tipo de passada que temos, quais os melhores calçados (para supinadores, pronadores ou neutros), as palmilhas mais adequados, roupa, entre outros. 
Relativamente à minha área ouve-se, lê-se e vê-se demasiada (des)informação.
Não é numa publicação que conseguirei falar sobre tudo o que gostaria e da forma que gostaria, assim sendo, prefiro falar dos diversos assuntos separadamente, para poder descrevê-los mais detalhadamente. 

Hoje falarei somente na importância da escolha adequada do calçado e das palmilhas. 


Calçado
As forças de impacto na corrida sobre todas as estruturas músculo-esqueléticas é muito grande comparativamente ao caminhar, aproximadamente 4 vezes o peso do corpo do atleta. Assim, mediante o tipo de terreno, as distâncias que se percorre, como se corre (tipo de passada e postura de todo o corpo), peso corporal e as lesões anteriores, é necessário escolher o modelo que mais se adequa a si. De salientar que o calçado tem um tempo útil de vida, quando este se encontra com desgaste na sola e na sua estrutura é essencial trocar de calçado, caso contrário o risco de ocorrerem lesões é muito grande. 
A utilização de calçado adequado reduz em 50% a probabilidade de ocorrerem lesões.



Palmilhas Ortopédicas
As palmilhas que vêm com o calçado desportivo não têm características de amortecimento e estabilidade específicas para cada utilizador, pelo que é essencial usar palmilhas ortopédicas feitas por medida que tenham em conta as suas características músculo-esqueléticas e biomecânicas. De referir, que cada pé tem, na sua generalidade, características diferentes, assim as palmilhas que se podem comprar em lojas de desporto, ortopedias e farmácias que são pré-fabricadas não são as mais adequadas. Atenção, que existem locais que fazem palmilhas por medida para melhorar a distribuição de forças, no entanto, estas são simplesmente anatómicas, isto é, têm a configuração dos pés do utilizador mas não apresentam características que retifiquem ou previnam movimentos inadequados (como no caso de pés pronadores/ supinadores ou valgismo/varismo,...).


Portanto, é muito importante e fundamental aconselhar-se com técnicos especializados sobre qual o calçado e as palmilhas mais adequadas ao seu perfil.

Faça uma boa escolha e experimente ir correr!!!

Até breve. 








domingo, 1 de novembro de 2015

Halloween

Todas as crianças têm o direito e o dever de serem felizes e sobretudo de serem crianças, independentemente da sua condição física e/ou mental. As imagens destas crianças fazem-me lembrar como é possível sonhar e ser feliz com tão pouco. 

Aos pais com filhos com problemas de mobilidade espreitem com muita atenção esta marca, que foi criada por dois pais com um filho(a) com paralisia cerebral. Como eles próprios referem estudam e desenvolvem produtos que permitam criar oportunidades às famílias e às crianças de aprenderem e crescerem em conjunto. Na minha opinião permitem que as famílias possam realizar atividades que as tornem mais unidas e as crianças integradas no seu meio familiar e social. 

As fotografias que vos deixo são todas tiradas do seguinte site: http://www.fireflyfriends.com/

















Até breve.