sábado, 28 de maio de 2016

Tecnologias Biomédicas #1

A Cheil Spain e a Samsung desenvolveram uma toca para auxiliar os atletas cegos. 
Desta forma, os treinadores conectam com um relógio através de bluetooth e a toca transmite a informação através de uma vibração. O objetivo é que o atleta possa dar a volta sem colidir com a parede da piscina. 

Acredito que este avanço tecnológico seja o início de algumas mudanças significativas para os invisuais.



Até breve.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Kinesio® Tape #1

Este é um daqueles temas que julgamos tratar-se de um método que agora está na moda, mas a verdade é que este método já existe desde 1979. A marca original é o Kinesio® Taping, contudo ao longo das últimas décadas são diversas as marcas que se têm vindo a instalar no mercado. 

O método de Kinesio® Taping é mais uma ferramenta para auxiliar e facilitar o processo de recuperação. Este método fornece apoio e estabilidade aos músculos e articulações, no entanto, permite que estes realizem os graus de movimento corretos, uma vez que atua ao nível do sistema somatosensorial. 

Imagem 1 - www.kinesiotaping.com

Esta técnica de reabilitação, utilizada em complemento aos tratamentos prescritos pelo médico, e à utilização de ortóteses é uma importante ferramenta para uma rápida e adequada recuperação.  

São diversas as patologias em que pode ser utilizado este método. No entanto, é fundamental uma correta avaliação do paciente, para se escolher qual o tipo de técnica corretiva a ser utilizada (mecânica, funcional, espaço, fáscia, ligamento/tendão ou linfática). 


Kinesio® Taping pode ser recomendado por exemplo para as seguintes situações:

  • Facilitar a circulação (redução de edema ou linfedema - Imagem 2) e o processo de regeneração (cicatrizes);
Imagem 2 - Diminuição de edema
  • Reeducar o sistema neuromuscular (pé pendente);
Imagem 3 - Pé Pendente
  • Reduzir a dor (entorse);
  • Aumentar a performance (contraturas);
  • Prevenir lesões (estabilidade articular).
Imagem 4 - Estabilidade da rótula

O problema que temos vindo a observar é que como a compra dos rolos de tape pode ser feita numa farmácia, ortopedia ou loja desportiva, os utentes aplicam a eles próprios ou solicitam a outra pessoa para colocar. No entanto cada técnica utilizada pressupõe a aplicação do tape com determinada tensão e corte, assim como a colocação deverá obedecer a uma orientação especifica.  
Por exemplo, se colocamos o tape de distal para proximal (de baixo para cima) ou o inverso vai pressupor uma facilitação ou inibição muscular. 

Até breve. 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Obrigada

Deixo este testemunho porque transmite na perfeição o que os meus pais sempre me ensinaram: os limites somos nós que os impomos, portanto temos que aprender a viver com eles e a ultrapassá-los respeitando sempre o outro. 


A minha profissão não trata mas ajuda a aliviar dores e a proporcionar melhor qualidade de vida aos outros e isso deixa-me MUITO feliz e realizada!


Até breve.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

O Desporto e os Entorses no Tornozelo - Parte II

Voltemos a este assunto tão recorrente. 

Como referi na publicação anterior, o grande problema dos entorses são as recidivas. A maioria das recidivas devem-se ao tratamento inadequado. 

Para que possamos indicar o tratamento adequado temos que saber qual o grau de gravidade:

  • Grau I (leve) - ocorre estiramento/ distensão e as lesões que ocorrem nos ligamentos são microscópicas;
  • Grau II (moderado) - ocorre um estiramento mais severo o que origina uma ruptura parcial dos ligamentos (ruptura de 40 a 50% das fibras); 
  • Grau III (grave) - ocorre um estiramento grave que leva a uma ruptura completa do(s) ligamento(s). 

Portanto os sinais e sintomas vão variar consoante o grau de gravidade:
  • Grau I (leve) - apresenta uma dor ligeira ou desconforto e instabilidade, mas consegue caminhar;
  • Grau II (moderado) - tem dor, instabilidade na articulação, apresenta edema, hematoma (na face lateral imediatamente à frente do tornozelo que pode alastrar-se até aos dedos) e incapacidade de caminhar (com a ponta do pé); 
  • Grau III (grave) - a dor é intensa, para além do edema e do hematoma (face lateral, dorso e dedos) apresenta também deformidade e não consegue caminhar nem colocar o pé no chão. 

Em qualquer das situações, sugere-se que nas primeiras 48 a 72h após a lesão o paciente descanse e evite caminhar ou estar muito tempo em pé, no caso de ser necessário caminhar, utilize canadianas (estas devem estar ajustadas à sua altura e solicite que o ensinem a caminha, subir e descer escadas). Deve-se também aplicar gelo (colocando uma toalha entre a pele e o gelo) durante 20 minutos, várias vezes ao dia. Para diminuir o inchaço deve-se-á elevar, sempre que possível o membro afetado. E por fim, a utilização de uma ortótese para controlar o edema, instabilidade e dar segurança e conforto ao utilizador. 

http://www.atletesplus.com/

http://www.fisioterapiaparatodos.com/


Relativamente às ortóteses que podem ser utilizadas em cada grau após este período de 3 dias, são diversas, existem várias no mercados, mas cada tipo é constituída por características diferentes que as tornam mais indicadas para cada situação, de seguida apresento um exemplo para cada grau:

Grau I
http://www.medi.pt/


Grau II
www.orliman.com


Grau III
www.ottobock.es


Uma solução muito eficaz para a redução do edema é o Kinesio® Tape. Este tipo de técnica tem vindo a popularizar-se nos últimos anos, no entanto, já tem várias décadas de existência. A forma como se aplica, a tensão dada ao tape e o tipo de corte do tape vai influenciar a área afetada. Por esse motivo, deve procurar um técnico certificado para lhe fazer a aplicação correta.

www.fisioterapiaparatodos.com


Sempre que faça um entorse é muito importante dirigir-se ao seu médico para que este possa fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento adequado ao seu grau de entorse. Por vezes, os médicos também verificam a necessidade de prescrever fármacos. 


Até breve.



terça-feira, 3 de maio de 2016

Calçado de Primavera e Verão I

Já aqui o referi anteriormente, e quem conhece também já o sabe, sou APAIXONADA por todo o tipo de calçado!

Mas também não consigo estar desconfortável, por isso adapto o que gosto de calçar com o conforto dos meus pés, pernas e coluna. 

Como Ortoprótesica que sou, sei perfeitamente que as sabrinas e os saltos altos não devem ser utilizados. No entanto, eu gosto muito desse calçado. Como faço? Uso esporadicamente e compro calçado com determinadas características ou adapto com ortóteses. 


Ao longo desta primavera e verão irei abordar este assunto algumas vezes para fornecer dicas e algumas soluções para diferentes tipos de calçado. 

Comecemos então por sabrinas e saltos altos fechados à frente. 
Fisiologicamente, deveremos ter o calcanhar cerca de 1cm mais alto comparativamente com o ante-pé (parte da frente do pé), desta forma o nosso centro de gravidade passa pelo centro da anca e joelho, e anterior ao calcanhar (ver imagem 1). Nesta posição, em condições normais, não ocorrem as dores nas articulações e costas.  
Imagem 1


As sabrinas, como são um calçado raso, originam que o centro de gravidade se posicione mais atrás, pelo que realizamos mais força nos calcanhares. Além do mais este calçado, tem solas com espessuras muito reduzidas pelo que não existe amortecimento do impacto. 

Solução: utilizar palmilhas ortopédicas que absorvam os impactos e que a zona do calcanhar se encontre mais alta do que o ante-pé. Contudo, deve ter em atenção às sabrinas, para que consiga colocar as suas palmilhas ortopédicas. É portanto fundamental que a altura da sabrina na região do calcanhar seja suficientemente alta, para que o calcanhar não suba muita com as palmilhas (e comece a "chinelar") e não podem ser apertadas (Imagem 2).

Imagem 2

Com saltos altos, ocorre o contrário, ou seja, o centro de gravidade fica mais anterior, pelo que a força é praticamente toda realizada na parte da frente do pé (cabeças metatársicas). Este tipo de calçado deve ser evitado ao máximo, e não deve ser utilizado dois dias seguidos. As cabeças metatársicas formam o arco transversal e com a utilização deste calçado, ocorre o abatimento deste arco, originando posteriormente calos e calosidades. O tendão de aquiles e os músculos posteriores da perna também podem ficar encurtados. 

Solução: Utilização de palmilhas com almofada metatársica (para evitar abatimento de arcada transversal) - Imagem 3; protetor de ante-pé em gel/silicone com almofada metatársica Imagem 4; ou protetor de ante-pé (Imagem 5)/ todo o pé (Imagem 6)  em tecido. Atenção, caso seja diabético ou tenha feridas abertas na planta do pé não deve usar ortóteses em silicone. O sapatos quando têm um salto elevado devem ser compensados à frente, para que a diferença de alturas entre o ante-pé e retro-pé não seja tão acentuada. 

Imagem 3

Imagem 4

Imagem 5
Imagem 6

Em todos os casos, deve ter em consideração a utilização de calçado com o comprimento e largura adequada ao seu pé!

Atualmente, no mercado existe um número muito elevado de proteções para os pés, no entanto, não se esqueça que cada pessoa é diferente e tem necessidades diferentes! Aconselhe-se e faça uma compra adequada!

Até breve.